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Suzana
com um sorriso meio apagado no rosto, assegura:
- Aposto
que o Zé partiu sem uma gota de pesar.
- Por
quê?
- Sei que
é assim.
- Engano
seu. Encharcou os olhos ao mandar lembranças para o Júnior.
- O
menino é a paixão dele.
– Você
também – atalha corrido Mathieu.
- Nem vem!
- Sei que
é.
-
Cascata!!! Sem piadinha, vai.
- Por que
faria piada?
- É
peixinho dele.
-
Engana-se. Seu esposo faz aquele tipo: viajo porque preciso, volto porque amo a
família.
- Háháhá!
De onde você tirou essa?
- Ora,
Suzana, para quem sabe ler um pingo é letra.
- Ai,
conta outra!
-
Duvida?
- Deixa
de lorota.
- Falo
sério, pode confiar.
- Conta
outra, vai.
- Você é
o grande amor da vida do Zé. O cara é louco por você.
Suzana,
com a mão na testa, aperta os olhos.
- Ai, que
mentira mais cabeluda! Há muito, nessa relação, que me sinto um peixe fora
d’água.
- Falo
sério.
-
Háháhá... Não sei se choro ou se dou risadas!
- Chora.
Mathieu
encolhe o sorriso:
- Falei
bobagem?
-
Imagina! De jeito nenhum.
- Pensei
que fosse vibrar com essa declaração de afeto do seu marido.
A mulher
emite um risinho quente e curto, como de cócegas.
- Por
acaso, você sabe o que me faz vibrar?
- Não.
Posso saber?
- Ainda
pergunta?
-
Evidente, querida, pois não sei o que é.
- Ah,
esquece. Quem sabe de mim sou eu.
- Está
bem. Se não quer falar, não fala. Mas que tem alguma coisa no ar tem. Sinto.
Suzana
pousa no amigo um olhar magoado, assegurando:
- Outra
hora a gente conversa.
-
Querida, seus olhos denunciam que algo não vai bem.
- Ando um
pouco frágil, só isso. Tudo é tão frágil mesmo, não é?
-
Problemas de família?
Ela
sobressalta-se:
- Deixa
para lá.
-
Balançada com o quê, menina?
-
Ô, cara!
- Suzana,
eu sou teimoso. Burro não.
- Ah!
Ando aborrecida sim, com raiva. Estou péssima!
- Poxa,
achava que sua vida era toda cor de rosa! Não é?
- Não,
não é.
-
Problemas com o Júnior?
- Não.
Nem pensar.
- Então
qual a bronca?
- Arre!
Enfrento meu inferno particular.
- Hein?
- Você
sabe melhor do que eu – diz ela com um olhar inquieto.
- Eu?
- Não se
faça de engraçadinho.
Risos.
Mathieu socratesniando:
- Só sei
que nada sei.
- Você
não sabe? Você não faz a menor ideia?
- Não.
Não faço.
- O Zé
não lhe contou nada?
- Nada.
- Ah!
Duvido.
-
Criatura, então me fala o que tanto te
aflige.
- Ah,
Math!
- Tem
nome o problema?
- Nome,
CPF, passaporte. Tudo.
-
Desavenças no casamento?
- Que
acha?
Depois de
uma pequena pausa, o rapaz percebe que Suzana tinha os olhos vermelhos para
chorar a qualquer instante.
- Olhe
aqui, menina, quanto mais se esconde uma dificuldade maior ela fica. Sabe disso,
não sabe?
- Sei.
- Talvez
possa ajudar. Mas, primeiro, eu preciso entender o que está rolando.
Suzana
pensa por um minuto.
- Ah, não
sei. Não sei.
- Esconde
o quê?
- Ah!
- Vamos, diga logo, desabafa.
- Besteira!
- Fala que eu te
escuto. De repente, alivia.
A mulher esboça um gesto de indiferença, mas inquire em tom de
brincadeira:
- Por que
você pergunta?
- Ora...
- De onde
você tirou que eu tenho que lhe prestar contas?
- Tudo
bem, realmente, você não precisa me dar satisfação de nada. Desculpe-me.
- Ora,
Math, eu não vejo motivo para falar de coisas assim com você.
- Talvez
tenha razão.
- Ai,
chega!
- Mas
penso que não é por aí. Somos amigos, não?
- Não vou
dizer mais nada, viu?
- Bem...
- Fique
tranquilo que eu mesma cuido de meus problemas - afirma ela com o olhar fixo no
rosto cismado do amigo.
Mathieu
insiste:
- Ah!
Vejo que essa carinha aí está dizendo outra coisa.
- O quê?
- Brigou
com o Zé, ‘né?
Ela fixa
seus olhos em Mathieu, mas não parecia vê-lo, dando a impressão de estar
perdida em sua amargura.
-
Problemas, problemas. E mais problemas... – murmura.
- Brigou?
-
Porqueira! Para variar, sim - deixa escapar a mulher.
- Isso
que atormenta tanto?
Ela
prolonga o ‘é’ balançando a cabeça:
-
Ééééé....
E adverte
a si mesma:
- Ai...
Ai... Pronto, falei de besta que sou!
- As
coisas não vão bem em casa?
- Não
está fácil não. Vivo com ele ainda, mas tomada por aquela ânsia de enlouquecer.
- Putz!
Que foi, pode me contar?
Com a
respiração anarquizada, Suzana abaixa a cabeça, dizendo:
- Coisa
de homem que entende que todo mundo deve ler na sua cartilha. Coisa de velho
asqueroso e perverso, chato de galocha.
- Hã?
- Estou
mesmo passando o maior sufoco.
- Sufoco?
- Seu
amigo é muito controlador, sabia?
- Como
assim?
- Ele não
delega, impõe. Enfrento a maior ‘barra’ dentro de casa.
-
Aconteceu alguma coisa?
- Entre
nós, acontece de tudo e um pouco mais.
- Seja
mais clara, pode ser?
Suzana
olha o amigo por um minuto, sacode a testa e revela:
- José
Renato me impede de tudo. De sair, viajar sozinha com o menino, fazer cursos,
mesmo os necessários para me manter atualizada, profissionalmente. Chave de
cadeia! Tudo como se carregasse bolas de ferro prendidas nos pés. Arre!
- Puxa!
- Nunca
falei um ‘ai’ contra o Zé, mas...
- Mas?
-
Ultimamente, ele vive aprontando comigo. Pisa sem dó nem piedade.
- Sério?
-
Terrível. Um saco!
- Que
coisa!
- É isso.
- Nunca
imaginei.
- Quer
mesmo saber o que se passa na minha casa?
- Uai...
– expressa o rapaz, apurando os ouvidos.
Suzana em
tom irritado:
- Não
tolero mais o seu amigo. É o demônio.
- Putz!
- Meu
casamento, Math, foi um engodo. Degringolou de vez.
-
Engodo?!
- Por que
o espanto?
-
Criatura, discussões são inevitáveis. Todo casamento apresenta altos e
baixos..., tem lá suas briguinhas, batalha de egos. Logo passa e tudo volta
como antes, vai por mim. Nada como o tempo para aparar arestas sentimentais -
afiança o rapaz numa voz serena.
- Como
também serve para tornar um relacionamento cada vez mais insuportável, não é?
- Ah,
sim.
Suzana
enrijece as faces, baixa os olhos:
- Resolvi terminar tudo. Vou me
separar do José Renato.
-
Pegadinha, ‘né?
- É o
momento de fazer o que já devia ter feito há muito tempo, não posso deixar o
tempo correr mais assim, chega. Passa da hora de tirar meu time de campo e mandar
tudo às favas, estou muito infeliz. Acendeu a luz vermelha.
- Caramba!
- A
verdade é que, depois que me casei, raras foram as felicidades. Você acha
pouco?
- Bem!
Bem!
- Nada
encaixa mais entre a gente. Nada. Estou sem chão nenhum e minha casa fede que
nem o inferno. Chega de aturar tanto desaforo. Chega.
- Mulher,
escuta, olhe que o Zé...
-
Paciência tem limites, rapaz. A minha já esgotou. Não quero saber dele. Cansei,
a ficha caiu.
- Difícil
de acreditar - pronuncia Mathieu, deixando transparecer seu espanto.
- Ou acha
que devo passar o resto da vida remoendo o que não se pode consertar?
- Então
não há outro jeito, quer mesmo se separar do seu marido?
Suzana
recompõe-se, extremamente, indignada. Responde secamente:
- Dessa
vez é diferente, Math. Preciso virar a página desse capítulo na minha vida e
deixar de ser um papel em branco, que ele monta como quer. Um relacionamento,
Math, exige admiração um do outro. Quando para de admirar, aí não dá mais.
- Poxa!
- Chegou
a hora de dar um basta nessa maluquice de querer provar o meu valor. Dentro de
casa, há muito passamos um pelo outro e, quando muito nos cumprimentamos com um
lacônico balançar de cabeça.
- É.
Com a
expressão franzida, a mulher revela:
- Vivo o
próprio pesadelo de Kafka, abotoada por dentro e por fora, num beco sem saída,
atolada de problemas. Não dá mais para segurar essa barra, tudo tem limites.
- Tenta
manter a calma. Isso vai passar, pode crer.
- Passa
não, dura além da conta.
- Então
me fala o que está acontecendo de tão grave?
- Eu não
sei explicar. Mas sei dizer que nossa união há muito anda por um fio,
cambaleando em corda bamba. Agoniza na UTI.
O rapaz
balança a cabeça, apaga a ponta do cigarro no cinzeiro sobre a mesinha de
centro e, num gesto de otimismo, pondera:
- Mesmo
assim, ainda torço para que sejam desentendimentos domésticos temporários.
- Não se
faça de ingênuo. Dessa vez é sério, quadro irreversível.
- Sem
volta?
- Missão
cumprida, Math. Não tenho um átimo de dúvidas sobre o meu futuro de uma mulher
separada. Só peixe morto vai a favor da correnteza, conta a sabedoria popular.
- É, pode
ser.
- Na
verdade, gostaria de estar apaixonada e feliz. Mas, seu amigo não entendeu isso
e logo me tirou do seu caminho, interrompendo o aconchego de nossa união.
Portanto...
- Portanto?
- Agora
vou cuidar de mim. Está dicidido.
- Vish!
- De uns
anos para cá me torra a paciência o tempo todo, implica com tudo. Não dá
trégua. Fala o que lhe vem na cabeça dele, pondo em xeque até a minha
reputação. Constantemente de cara amarrada, reclama de tudo.
- De quê?
Suzana
olha para o amigo, tão abstraída, que mal ouviu o que lhe perguntou. Ele
repete:
- Reclama
de quê?
- Ah,
Math... De mim, da casa. Um copo fora do lugar é motivo de briga, zombarias.
Tolerância zero. Para ele, agora, não passo de uma tolinha que não enxerga além
da ponta de meu nariz. Ai, meu Deus, que raiva!
Mathieu,
depois de beber um pouco de cerveja:
- Assim
não dá mesmo, agressão psicológica estraga tudo. Ninguém resiste a gritos,
cobranças, acusações, gestos, olhares, silêncios, gritos, piadas... Ninguém.
- Você
não imaginava ser José Renato assim tão incoerente, não é mesmo?
- De
fato. Isso é uma estupidez, falta de juízo. Incompatível com a sua
personalidade – estranha o rapaz.
- Ah,
Math, não vejo a hora desse troglodita partir para agressão física.
Apreensivo,
o rapaz muda de posição na poltrona. Com os cotovelos sobre os joelhos e as
mãos à cabeça, alerta:
- Uma
coisa leva à outra, sim. O descontrole põe em risco a integridade corporal de
quem está próximo ou da própria pessoa. Não importa se pela desrazão ou pelo
desatino.
Suzana
ergue a cabeça, rechaçando:
- Se esse
brucutu raciocina que, praticando a lei da selva, vai me levar ao conformismo
aos socos, pontapés e um chicote nas mãos, está redondamente enganado.
- Está
certa.
Ela se
perturba:
-
Sujeitar-se a isso? Nunca. Reajo com todas as minhas forças para me defender. Ai,
sim, pode ter sangue e olho roxo na parada, pode crer.
- Vira
essa boca para lá, criatura. Você bate ele reage..., violência gera violência!
- Desculpe-me,
falei bobagens.
Pausa.
Mathieu retira do bolso um cigarro e acende.
- José
Renato ofende você na presença do Junior?
- Evito
perder o controle na frente do meu filho. Percebo que o garoto se entristece
com o clima de caras amarradas, de bate-bocas esbravejando barbaridades, de
murros dados na mesa. É traumatizante.
- Quantas
vezes isso aconteceu?
- Ah, nem
sei..., várias.
- Que
papelão!
- Na
maioria das vezes engulo calada, porque aprendi desde cedo que quando um
ignorante fala para manifestar sua ignorância, é melhor calar.
- É.
- Meu pai
sempre falava que a força de um chefe de família vem da admiração que ele
desperta e não do medo que inspira.
-
Logicamente.
Depois de
um pequeno silêncio, ela:
- Bom,
Math, acho que já deu para sentir meu drama, não deu?
O rapaz já
não sabia mais o que dizer. Num movimento rápido toca de leve a mão de Suzana.
Em tom melancólico:
-
Querida, diante da situação em que vocês chegaram, cada vez mais longe de uma
convivência pacífica, não existe o que fazer para reconstruir a relação. Isso
muda o jogo, separar é mesmo inevitável.
- Claro. Não
vale a pena perder mais tempo com esse cara – afirma Suzana. - O meu corpo está
cansado. E meu coração também.
- Nem
toda união merece ser salva. Pois então é melhor sair dessa.
Ela
suspira.
- Não
penso em outra coisa.
- As
pessoas entram em nossas vidas por acaso. Mas, não é por acaso que elas
permanecem.
- Ã-Hã.
- Preparada
para uma vida nova?
- Claro.
- Bem,
enquanto isso contenha seu ímpeto. Melhor até para sua saúde.
- Ah,
nem!
- O amor
é isso. Não prende, não aperta, não
sufoca. Porque, quando vira nó, já deixou de ser laço, receita sabiamente
Mário Quintana.
- Tudo é
muito doído, sufoca.
Mathieu
sacode a cabeça, concordando. E prossegue:
- Entre
muitas hipóteses, existem explicações para os casais que perdem o interesse
pela estabilidade do relacionamento. A chegada de um filho pode ter sentido
oposto e provocar o esvaecimento do desejo sexual. Ocorre, sim. Pode ser
nitroglicerina pura, trazendo frustrações, principalmente, para a mãe.
- Não é o
meu caso - assegura Suzana.
- Homem
também sofre desse tipo de perturbação.
-
Frescuragem!
- Não é
por aí.
Pausa.
Suzana:
- Ah,
Math, estou certa de que seu amigo só me tolera por conveniência.
- Coisa
de sua imaginação.
- Não é
não.
- Não?
-
Mathieu, nunca fui picada por cobra ou escorpião mas, na pele, durante esses
anos todos senti o veneno maligno da maldade humana, exalado pelo seu amigo.
Pausa.
Mathieu:
- Muito
bem, decidiu a separação por si própria?
A mulher
movimenta-se para frente e para trás no sofá, descruza as pernas, pega o copo
de cerveja e toma um gole da bebida. Alertando, diz:
- Ele
sabe direitinho o que se passa na minha cabeça. Mas, pode ficar sossegado que,
assim que chegar de viagem, eu coloco tudo em pratos limpos. Ou vai ou racha?
- É tudo
que precisa fazer.
- Sonho
com os planos mais estapafúrdios para dar um jeito nisso tudo, mas agora é o
momento certo. Tenho que enfrentar a realidade e desenrolar essa questão o mais
rápido possível, porque pior do que está não vejo jeito de ficar. Torça por
mim, Math, porque sei que a conversa vai ser muito difícil.
- Claro.
- Mas, se
não surtir efeito, ou se a ficha desse sociopata demorar a cair, ele vai se
ferrar. O que é dele já está guardado, traidor a gente não perdoa. Como não
tenho sangue de barata, ele vai ter o que merece, vai ter que engolir tudo – reforça a mulher em tom de ameaça. E completa:
- Pego o
Juninho, junto meus pertences, apago a luz da casa, aperto o botão do ‘foda-se’
e desapareço sem deixar rastro. De mala e cuia. Aguarde-me.
- Hein?
- Caio
fora, indiferente às imprecações. Atitude inusitada, eu sei. Pode não ser boa
opção, mas é a única. Meu sossego vale mais do que tudo.
- Pensou
no prejuízo moral?
- Nem
quero pensar, mulher machucada é capaz de tudo, querido. Posso fazer qualquer
coisa, nada vai me impedir. Qualquer desafio a gente encara, pode crer.
- Para
onde vai com o garoto?
- Voo com
destino certo.
- Como
assim?
- Ora,
Math , eu tenho a morada de meus pais. Lá,
pelo menos, existe espaço para ser eu mesma com foco nos meus próprios desejos.
E bem longe da casa, onde passei por tanta infelicidade, verdadeira câmara
particular de tortura.
- Volta
ao lar paterno?
- A vida
é uma montanha russa de altos e baixos, não é mesmo? Mas lá, com certeza, serei
muito mais feliz sem ele por perto.
- Sabe o
que isso significa?
-
Abandono de lar.
- Poderá
perder pontos, ipso facto, quando for
discutir a questão em Juízo.
- Ora,
Math, não se faz omelete sem quebrar os ovos.
- Existem
leis para regularizar a separação de um casal. Precisa sair de casa respaldada
por uma autorização judicial de separação de corpos, para que a coisa não se
caracterize transgressão penal.
- Argh!
Pausa.
Mathieu com ares de preocupação:
- Por que
diabo não me disse antes?
- Talvez
por achar que não fosse de seu interesse.
- Olha
para mim, menina, eu jurava..., eu tinha certeza que você nessa relação afetiva
com o Zé era a mulher mais feliz e realizada do mundo. Enxergava em vocês
aquele tipo de casal ‘descolado’ e apaixonado que todo mundo quer ter por
perto.
- Ledo
engano. Não existimos como um casal normal há um bom tempo. Hoje é tudo como se
a gente sentisse náusea um do outro – reclama a mulher com desânimo.
-
Sartreniana?
- Pior
que é.
-
Querida, casamento é como um tecido bem elaborado, basta um fio que se puxe
para acabar toda a tessitura – filosofa o rapaz.
- Talvez.
Mathieu,
depois de um suspiro demorado:
- Segundo
a autora francesa Anais Nin, os casais não morrem nunca de morte natural, mas
por falta de cuidados, de atenções e de esforços. Portanto, o amor só é
infinito enquanto dura o amor.
-
Concordo, totalmente. Li dela o livro Casa do Incesto.
- Lançado
em 1949. A escritora ficou conhecida pela publicação de diários
pessoais, impregnados de conteúdo erótico. Nesse livro, influenciada pela
obra de James Joyce, uma de suas principais referências literárias, exaltado em
sua exuberância, fantasia e obscenidade.
-
Interessante.
O rapaz
fica de pé e se aproxima da mulher. Pousa-lhe a mão na fronte e observa seus
olhos úmidos, pronunciando:
- Admiro
muito sua determinação, viu?
Ela
sacode a cabeça e segura firme a mão do amigo entre as suas. Leva-a aos lábios
e a beija, comovida.
- Ai,
Math, valeu.
FBN© - 2012 – Confissões Amargas... NUMA NOITE EM 68 -
Categoria: Romance de Geração - Autor: Welington Almeida Pinto. Ilustr.: foto
da Internet – Link.: http://numanoiteem68.blogspot.com.br/2011/01/5v-confissoes-amargas.html?zx=22d15dd5a4d64f92
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